Páginas

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Agentes na GLOBO NEWS!

Olá caro leitor!!!

Hoje, com grande alegria, viemos aqui mostrar uma reportagem que os agentes de leitura fizeram para a GLOBO NEWS!

É, estamos ficando famosos...rs

A matéria é do programa Cidades e Soluções, que faz uma comparação entre as ações de promoção de leitura em Paris e no Brasil, tendo a cidade de São Bernardo do Campo como pioneira. E a entrevista é feita com as agentes Natália (Zanzalá) e Mariana (Jordanópolis).

CONFIRAM (é só clicar no link!) :

http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2011/11/agentes-estimulam-o-prazer-de-ler-num-pais-onde-o-analfabetismo-ainda-e-um-problema.html

Aproveitem!

Até a próxima!

PROGRAMAÇÃO CULTURAL - 1 a 8 de DEZEMBRO 2011


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Professor Peter Hunt e a literatura infantil.

Olá,

Faz tempo que não postamos nada aqui, mas hoje estamos passando uma reportagem que a Revista Nova Escola de agosto de 2011 fez com o professor Peter Hunt, primeiro critico sobre literatura infantil.


Entrevista com Peter Hunt

Pesquisador britânico destaca a complexidade e a riqueza dos textos feitos para crianças e fala sobre a validade de livros-brinquedo e daqueles que não têm sequer uma linha escrita

Ele foi um dos primeiros críticos contemporâneos a levantar a voz contra os preconceitos sobre os livros elaborados especialmente para as crianças. Professor emérito da Cardiff University, onde criou e ministra a disciplina de Literatura Infantil, a primeira do gênero na Grã-Bretanha, Peter Hunt lançou diversas obras sobre o assunto e recebeu prêmios importantes, como o International Brothers Grimm Award, concedido pelo International Institute for Childrens Literature, no Japão, para estudiosos de todo o mundo que fazem contribuições significativas para o progresso da pesquisa sobre a literatura infantil.

Em sua produção, o britânico vem contribuindo para elevar o nível da discussão sobre o tema, na tentativa de que ele passe a ser encarado com mais seriedade e rigor teórico pelos adultos - em especial, pelos autores e críticos da área, que muitas vezes subestimam a inteligência das crianças.

Durante recente visita ao Brasil, em virtude do lançamento do livro Crítica, Teoria e Literatura Infantil, Hunt concedeu esta entrevista à NOVA ESCOLA.

Para muitos, a literatura infantil é sinônimo de livros com letras grandes e várias figuras. Isso faz sentido?
PETER HUNT
De maneira alguma. Essa concepção existe porque, em diversas situações, os pequenos são subestimados pelos adultos. Entendo que, quando se está começando a ler, letras grandes e figuras podem facilitar a tarefa. Mas muita gente pensa que a literatura infantil tem de ser simples e objetiva só porque é para ser consumida pelos pequenos. Ainda hoje, as pessoas olham as obras infantis com certa indiferença, como se elas fossem inferiores. As únicas pessoas que as respeitam são aquelas que estão realmente próximas das crianças e sabem muito bem que elas não são criaturas estúpidas e sem opinião.

Por que a concepção de que a literatura infantil é inferior perdura?
HUNT
Muitas vezes, não se acredita que ela possa oferecer o mesmo tipo de prazer intelectual que a adulta. Além disso, em geral, presume-se que, por não ter uma vasta experiência cultural, a criança seja incapaz de fazer interpretações estéticas. Obviamente, um leitor inexperiente terá uma maneira diferente de apreciar um livro, as ilustrações e a história. Mas isso não significa que seja incapaz de fazê-lo.

Como definir literatura infantil?
HUNT
É aquela que contém alguma representação do autor a respeito da infância. Quem escreve faz isso pensando em uma criança real que conhece e em si próprio durante a infância ou baseia-se em várias ideias que formou sobre como são os pequenos em geral ou como poderiam ou deveriam ser. Porém, ainda que tente adaptar ou alterar seu estilo ou o conteúdo de um livro para uma linguagem que as crianças entendam, ele não pode deixar de ser um adulto enquanto escreve. É aí que está a missão desafiadora de fazer literatura infantil com qualidade.

Qual é a missão dela?
HUNT
Basicamente, expandir o universo dos pequenos em termos de conhecimento, de experiência e de emoções - o que já é uma tarefa árdua. Acredito que a literatura seja mais uma ferramenta para ajudá-los a crescer e se desenvolver com plenitude.

Diversos títulos clássicos, como Romeu e Julieta e Dom Quixote, têm sido reeditados em versões simplificadas para a criançada. Na sua opinião, isso é interessante?
HUNT
Eu costumava pensar que alterar o conteúdo e a linguagem de um texto clássico para torná-lo acessível aos pequenos era uma coisa natural a fazer, afinal os clássicos são bens públicos e parte importante da nossa cultura compartilhada. Há tempos, os livros têm de competir com vídeos e outras mídias. Além disso, a garotada está habituada a leituras mais simples e textos curtos, ou seja, o modo de ler os livros também está mudando. Portanto, se os leitores precisam ter algum conhecimento dos clássicos, eles têm de ser alterados, simplificados. Caso contrário, existe o perigo de eles não serem mais lidos até pelos adultos. Nessa perspectiva, qualquer versão é melhor do que nada. Porém, de uns tempos para cá, tenho repensado isso tudo. Acho cada vez mais que, ao simplificar um clássico, perdemos a essência da obra. O melhor seria então encontrar um caminho para ensinar as crianças a ler as versões originais, de modo que elas possam entendê-las no contexto em que foram escritas. O maior erro que podemos cometer é pensar os clássicos como atemporais, imaginar que eles permanecem atuais com o passar dos anos. Na realidade, eles são produtos do tempo em que foram escritos. Assim, todos vão precisar de informações a respeito deles para lê-los de maneira satisfatória. E nossa missão como educadores é fazer os estudantes perceberem como esse processo pode ser interessante e desafiador, não apenas um trabalho árduo.

A crítica literária de obras infantis costuma ser muito rebuscada e severa, deixando tanto as crianças quanto os adultos desnorteados na hora de escolher livros para ler. O que uma boa resenha deve considerar?
HUNT
A crítica literária positiva deve transmitir certo entusiasmo porque é fundamental que ela desperte o interesse do leitor em conhecer a obra. No entanto, escrever esse tipo de texto é uma das coisas mais difíceis do mundo porque é preciso discorrer de modo geral, para diversas pessoas desconhecidas, sobre uma experiência particular. A opinião sobre uma obra é algo que varia de uma pessoa para outra. Quando lemos uma crítica, estamos lendo a pessoa que está por trás dela. Daí, precisamos saber quem é ela, se é um crítico com experiência, se tem filhos e que idade eles têm, por exemplo. Afinal, a leitura de um mesmo livro pode ser feita de maneiras diferentes, a depender de quem o lê. Além disso, é interessante considerar que a crítica literária é geralmente feita por adultos e eles levam em conta as ideias que têm sobre as crianças, tal como ocorre com a escrita das obras.

E quanto às críticas escritas pelo público infantil?
HUNT
Elas são importantes e válidas e representam um grande desafio para quem as escreve. Esse tipo de texto envolve análise e julgamento, ou seja, é uma produção sofisticada e complexa até para adultos. As crianças são capazes de responder bem a uma pergunta, mas nem sempre conseguem explicar as respostas que formulam. Dizem gostar de algo, mas não conseguem expressar o motivo. Nesse ponto, o maior perigo é elas tentarem copiar as ideias dos adultos. Portanto, quando entregamos um livro a um pequeno e pedimos que elabore uma crítica, temos de ser cuidadosos e simplesmente pedir "conte-me um pouco sobre ele". Assim, poderemos obter uma resposta verdadeira e aí cabe ao adulto interpretá-la. Por isso, reforço que é preciso saber escutar a garotada. Como muitas coisas sobre a literatura infantil, esse é outro aspecto que à primeira vista parece fácil, mas não é.

Atualmente há muitos livros-brinquedo e do tipo pop-up. Alguns têm mais acessórios do que história. O que acha deles?
HUNT
Acredito que recursos como luzes, sons, ilustrações que saltam das páginas e gravuras com texturas são válidos na medida em que servem para aumentar o interesse pelo suporte livro. Minha única ressalva é que eles pressupõem um tipo de experiência de leitura muito diferente da convencional. A leitura de um livro-brinquedo proporciona um contato com três dimensões (altura, largura e profundidade) - e não apenas a decodificação de palavras. É uma experiência complexa. De qualquer forma, ele pode levar a criança a se interessar pelo modelo convencional, somente escrito e ilustrado, que oferece uma vivência diferente ao leitor.

Os livros que não têm texto são literatura também?
HUNT
É claro! No entanto, é preciso seguir regras e convenções específicas para lê-los. Eles não são, de forma alguma, simples de ler. Ao contrário. Quando há só imagens, são exigidas habilidades mais sofisticadas do leitor para a imaginação e a interpretação da história, quando ela existe, é claro.

O que um educador que trabalha com turmas de creche e pré-escola precisa considerar para escolher boas obras para os pequenos?
HUNT
As características e as preferências do grupo. Não existem simplesmente bons livros para a criançada. Existem títulos interessantes para cada turma. Recomendo que os docentes tenham coragem e confiança para fazer a seleção de acordo com o conhecimento que possuem sobre as crianças com quem convivem diariamente. Quais assuntos chamam a atenção delas? Quais são seus heróis? Elas gostam de animais ou preferem criaturas fantásticas?

Em seu livro Crítica, Teoria e Literatura Infantil, há a seguinte afirmação "as orações terminam com pontos finais. As histórias, não". Qual o sentido dela?
HUNT
Que é uma aspiração impossível saber com certeza como uma criança lê uma determinada história e como fará a interpretação dela. Nesse sentido, também afirmo que nenhuma história termina na última página. Da mesma forma, julgo no mínimo arbitrário supor que os pequenos desejam sempre histórias com final feliz para todos os personagens. A fantasia deles é muito maior que a dos adultos, além de ter alguns toques de insubordinação.


Fonte: Publicado em NOVA ESCOLA Edição 244, Agosto 2011. Título original: "A missão da literatura infantil é expandir o universo dos pequenos" - http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/entrevista-peter-hunt-639898.shtml?page=0#

Reportagem no Jornal O GLOBO!

Olá caros leitores!


Vejam que interessante, saímos em uma reportagem no Jornal O Globo: Os Agentes de Leitura e suas histórias.


Leiam, prestigiem os companheiros de ações e divulguem o Projeto, compartilhem com os amigos e outras pessoas conhecidas! Boa leitura a todos!

http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/post.asp?cod_post=399868
Espero que gostem!!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Leitura e literatura para crianças e jovens!



Olá caro leitor!


Aqui vai mais uma dica sobre Leitura...


Uma revista virtual que fala sobre Leitura e literatura para CRIANÇAS e JOVENS


No site :  http://www.revistaemilia.com.br/


CONFIRA!



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fundação Itaú Social.

Todo ano o Fundação Itaú Social organiza uma lista de livros, com o intuito de melhorar a educação brasileira. "A Coleção Itaú de Livros Infantis foi criada pela Fundação Itaú Social para ajudar a despertar desde cedo o prazer pela leitura. Ela foi feita para você que também acredita que a educação é o melhor caminho para a transformação do Brasil." ( retirado do site Fundação Itaú Social).

Abaixo leia o Manifesto:

A educação muda o Brasil. E o Itaú participa dessa mudança com você.

O Itaú investe cada vez mais na qualidade da educação pública. E realiza uma série de programas e parcerias para tornar o Estatuto da Criança e do Adolescente uma realidade para todos. Por quê?

 A educação é um direito fundamental no desenvolvimento das crianças, na formação dos adolescentes e na ampliação da visão de mundo dos jovens cidadãos. Fundamental também para a garantia de outros direitos, como o acesso à cultura, saúde, lazer, convivência social e formação profissional.

Investir na educação faz parte da nossa convicção de que todos podemos e devemos contribuir para a melhoria da vida das pessoas. Esse é o caminho para a construção de um país melhor, que partilha com todos suas conquistas sociais, econômicas e ambientais.
O que, então, o Itaú espera quando investe na educação?
Um país com oportunidades iguais para todos, verdadeiramente sustentável.

Na coleção desse ano os titulos selecionados são:

Titulo: Adivinha Quanto Eu Te Amo.
Autor: Sam McBratney
Ilustrações: Anita Jeram
Editora: Wmf Martins Fontes.







Titulo: Chapeuzinho Amarelo
Autor: Chico Buarque
Ilustrações: Ziraldo
Editora: José Olimpo







Titulo: A Festa no Céu
Autor: Angela Lago
Ilustrações: Angela Lago
Editora: Melhoramentos







Quem quiser pedir o seu kit para seus filhos ou presentear alguma crianças que voce ame muito esse é o link - http://ww2.itau.com.br/itaucrianca/index.htm.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Oficinas Culturais.

Olá,
Estão abertas as inscrições para o 2º semestre das oficinas culturais da cidade.
Aqui vai a relação dos cursos e lugares onde são oferecidos. Para se inscrever é só comparecer no local aonde o curso desejado será realidado com RG e comprovante de residência.

Obs. CLIQUE NA IMAGEM, PARA DAR ZOOM!



Felicidade Clandestina.

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.


Clarice Lispector.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crônica - Como o livro transforma!



Quando eu tinha doze anos, uma vizinha me emprestou o livro "Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato. Fazia parte de uma coleção encadernada em verde, que enfeitava as paredes da sala. Confesso, embora muita gente vá pensar que sou um dinossauro após o que vou dizer: na minha infância não existia computador pessoal. Nem celular. E, por incrível que pareça, na cidade do interior paulista onde morava não havia televisão! Só chegou depois que saí de lá! Não sou tão velho. No espaço da minha vida o mundo mudou radicalmente. Eu mesmo, hoje, tenho dificuldade em imaginar como era possível se virar antes da internet! 
Devorei o livro. Ele me abriu as portas de um mundo novo e fascinante. Em seguida, li todos os volumes da coleção. Até hoje sou fã absoluto de "A Reforma da Natureza". Penso como a Emília: muita coisa poderia ser consertada! A centopeia, por exemplo! Para que tantas patas? Eu tenho só duas e me dou bem. Qual o objetivo de ter 100 pares? Se essa espécie usasse sapatos, já pensou o tamanho da despesa? Eu gostava tanto da Emília que adquiri parte de sua personalidade. Passei a questionar o que ouvia. Minha mãe quis descobrir o motivo da mudança. Leu Lobato. A partir daí reclamava:
— Ele era um menino tão bonzinho! Depois da Emília, tem resposta para tudo! Outros livros vieram.
Meus pais não eram letrados. Alguns professores me indicavam títulos. Outros, acabava pegando na biblioteca pública, por curiosidade. Sem saber do que se tratava. Viajei pelos grandes clássicos, e um me levou a outro. Inesquecível foi "Os Miseráveis", de Victor Hugo. Já assisti ao musical e a vários filmes inspirados na obra. Nenhum se iguala ao texto, lindíssimo. Até agora me emociono com a cena em que, diante dos policiais, o abade presenteia um castiçal de prata a Jean Valjean, que roubara o outro.
Jean Valjean, egresso da prisão, ia ser preso. Voltara a assaltar. Diante da palavra do abade, que afirma tê-lo presenteado, é solto novamente. E nesse instante descobre que pode ser um homem melhor. Até hoje eu digo a quem me conhece:
— Um gesto de generosidade transforma uma pessoa.
Soterrado sob os livros, decidi ser escritor. Meu pai suspirava.
— Mas como você vai sobreviver?
— Escrevendo!
Meu pai tinha muito medo. Mas corri atrás do meu sonho. E acho que valeu a pena!

Nunca me esqueci de uma afirmação de Lobato: para escrever bem é preciso ler muito. Disparei pela literatura nacional e internacional. Devorei inúmeros romances que hoje seriam considerados inadequados para minha idade. Quando ouço dizer que criança não pode ler isso, não pode assistir àquilo, lastimo a molecada de hoje. Meu horizonte ampliou-se por meio dos livros. Nenhum foi inadequado. Apenas o meu entendimento na época era um.
Mais tarde, reli vários títulos e minha compreensão foi outra. Todos contribuíram para minha formação. Recentemente, fiquei chocado ao ver um livro com um conto de Ignácio de Loyola Brandão, comprado pela Secretaria Estadual de Educação, ser vetado para escolares. Inclusive judicialmente. Eu li toda a obra de Jorge Amado quando era adolescente. Hummm... Não nego que, para um rapazinho em fase de crescimento, era o máximo. Mas me fazer mal? Nenhum título me fez! Mal faz a proibição.

Em certo Natal minha mãe me deu uma coleção lindamente encadernada. Os livros estavam repletos de fadas... nuas! Eu adorei. Ela passou o ano inteiro reclamando. E daí? Leio sem parar até hoje. Sempre me perguntam como me tornei escritor. Respondo:
— Quando menino, me apaixonei por Monteiro Lobato e resolvi seguir o mesmo caminho.
E sempre agradeço interiormente à amiga que me emprestou aquele primeiro livro. Um livro pode mudar uma vida. Eu mesmo sou a prova disso.


Walcyr Carrasco | 29/06/2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PRESTIGIE A PROGRAMAÇÃO CULTURAL DA BIBLIOTECA MONTEIRO LOBATO

Olá caro leitor, 
convido vocês a prestigiarem, as palestra e encontros sobre literatura
e tudo o que podemos envolver a ela, na biblioteca Monteiro Lobato, na Jurubatuba! 

Conto com vocês!

AÇÃO ENTRE LIVROS




PALESTRA
Dia 23 (terça) 19h
Debate: “ 140 anos da Comuna de Paris com os Professores Antonio Rago Filho e Lincoln Secco.”
A Comuna de Paris, a mais curta e mais famosa insurreição popular da história, foi um marco na história do comunismo que consagrou o "governo do povo, pelo povo e para o povo", uma democracia direta fincada na cidadania. Analisado até mesmo pelo intelectual e revolucionário alemão, Karl Marx, o movimento durou pouco mais de dois meses, de 18 de março a 28 de maio de 1871, mas deixou sua semente nas transformações sociais do século 20.
Antonio Rago Filho, possui graduação em Ciências Políticas e Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1976), mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1989) e doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998). Atualmente é professor titular do Centro Universitário Fundação Santo André e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Lincoln Secco, ingressou em 1987 na Universidade de São Paulo (USP), onde fez o Bacharelado, Licenciatura, Mestrado, Doutorado e Livre Docência em História. Desde 2003 é professor de História Contemporânea na mesma instituição.
Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato.
Rua Jurubatuba, 1415, Centro.Tel. 4330-2888



QUANDO A MÚSICA ENCONTRA A LITERATURA
Dia 18 (quinta) 19h30
Apresentação do Livro “O Tropeiro que não era Aranha e nem Carangueijo”, pelo autor Mouzar Benedito, acompanhado de apresentação musical Tropas e Canções , idealizado pela cantora Marcia Mah, e do Quarteto Pererê.
O Projeto reaviva a percepção da cultura tropeira, por intermédio do diálogo entre a literatura e a música, recriando o contexto de uma época com músicas de Ari Barroso, José Vargas, Vitor Ramil, Raul Torres , Alvarenga e Ranchinho , Vila Lobos e Chiquinha Gonzaga.
Mouzart Benedito é jornalista e geógrafo, mineiro de Nova Resende. Colaborou em aproximadamente 60 veículos de comunicação entre jornais e revistas. Foi editor regional do jornal do SBT , em Brasília e trabalhou na coordenação da Rede Record em São Paulo.
Tem 17 livros publicados e participou de três coletâneas.
Márcia Mah , é cantora e compositora, formada em canto lírico e fez sua estréia como intéprete em 2011 em seu primeiro trabalho autoral no CD/DVD, Láláiá, no qual expressa todas suas influências musicais e trabalho de pesquisa sobre a música popular tradicional.
O Quarteto Pererê, é um grupo formado há nove anos e se dedica a música instrumental brasileira. Lançou seu primeiro CD “Ebulição”, em 2004, e “Balaio”, em 2010.

Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato.
Rua Jurubatuba, 1415, Centro.
Tel: 4330-2888




MUNDO LIVRO
Dia 27 (sábado) 15h
Projeto que proporciona o diálogo entre escritores / autores, e o público , com a proposta de apresentar e discutir as experiências de leitura que influenciaram o autor, bem como sua relação com a Biblioteca Pública.
Bate-Papo com o cineasta Ugo Giorgetti, que abordará o tema “Cinema e Futebol” fazendo uma análise das imagens deste esporte , paixão nacional, na produção cinematográfica brasileira.
Ugo Giorgetti, é cineasta brasileiro apaixonado por esportes , principalmente futebol . Em 1986 lançou o documentário “Quebrando a Cara”, sobre o boxeador Éder Jofre. Em 1998 dirigiu o longa “Boleiros – Era uma vez o futebol”, ficção que conta histórias dos bastidores do futebol. Seguindo a mesma linha, lançou em 2004, “Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos”. Atualmente, Ugo é colunista do caderno de esportes do Estado de São Paulo.
Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato.
Rua Jurubatuba, 1415, Centro.
Tel: 4330-2888

Programação Cultural - Agosto





quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Leitura em casa!

Olá caro leitor,

Hoje gostaria de lhes contar mais uma atividade na qual também praticamos.
Dentro do próprio bairro, Jordanópolis, fizemos a divulgação de nosso projeto, onde várias pessoas
puderam se "inscrever" para participar dessa atividade, na qual vamos nas casas das pessoas, podemos fazer rodas de leitura, contar histórias, além de emprestar livros, fazendo a troca quinzenalmente.

Numa de minhas atuações, onde se inscreveu uma família realmente ciente dessa importância da leitura na vida das pessoas, pude compartilhar o projeto com outra jovem de SP, que não vê a hora de que se tenha o mesmo projeto onde ela mora. Isso nos é, bastante gratificante!

Veja uma parte da família, após a leitura de duas histórias:



Um menino... também maluquinho!


Ainda teremos muitas histórias pra contar...

Aguarde leitor!

Programação Cultural

Olá, caro leitor!

Divulgando um pouco de cultura...







Bom, quaisquer dúvidas, ou para saber das demais atividades consulte: http://www.saobernardo.sp.gov.br/

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ler para o bebê aumenta vínculo entre mãe e filho

Estudo realizado com recém-nascidos internados em UTIs mostra que as crianças podem ser beneficiadas pelo hábito da leitura desde os primeiros dias de vida

Fernanda Tambelini

Se você não vê a hora de o seu bebê crescer para ler todos aqueles lindos livros infantis com ele, saiba que não precisa esperar. Um estudo feito com 116 famílias no Montreal Children's Hospital, no Canadá, e publicado no Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics mostra os benefícios da leitura para as crianças já nos primeiros dias de vida: aumenta o vínculo com os pais, tem efeito tranquilizador e ajuda no desenvolvimento cerebral.

Conduzida com pais de bebês internados na unidade de tratamento intensivo, a pesquisa apontou que a situação estressante de ir para casa sem o recém-nascido pode dificultar a ligação entre os pais e a criança. Mas o simples ato de ler um livro em voz alta para o bebê facilita essa aproximação.

De acordo com o relatório, a leitura traz benefícios para toda a família: 69% dos pais sentiram-se mais próximos dos filhos, além de ter a sensação de controle, intimidade e normalidade – mesmo no ambiente hospitalar. Para os bebês, a voz dos pais tem efeito tranqüilizante. “É como se fosse um acalanto. Você está embalando seu filho com palavras”, diz Ilan Brenman, escritor e doutor em educação, que coordenou o projeto Biblioteca viva em hospitais, da Fundação Abrinq, em hospitais de todo o Brasil no início dos anos 2000.

O contato cedo com os livros também ajuda no desenvolvimento da linguagem e facilita, no futuro, a criança aprender a ler. Além disso, a qualidade dos sons que o bebê ouve afeta o funcionamento da audição e a linguagem usada nos livros geralmente é mais rica do que a linguagem do dia a dia. “Ao ler, usamos voz, ritmo e tom diferentes da conversa diária. Isso prende a atenção da criança e, mais para frente, chega na formação do leitor”, completa Brenman.


Fonte: Revista Crescer http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI205679-15152,00.html

Ler para o bebê, sim!

Nunca é cedo demais para começar o incentivo à leitura. Mas só vale mesmo se for algo feito junto, despretensiosamente e com prazer

Cristiane Rogerio e Marina Vidigal


Uma das perguntas mais frequentes que os pais fazem à CRESCER, quando o assunto é incentivo à leitura com bebês, é: “Mas que tipo de livro eu posso ler para ele?”. Querem saber se valem histórias compridas, se os contos de fadas já são adequados... Afinal, ele vai entender ou não o que estamos contando? Para responder, há uma frase que soa quase como um tabu. Para um bebê até por volta de 1 ano, não importa o conteúdo da história. Ele pode até não compreender o dilema da princesa, quantos animais estão na fazenda ou dimensionar o tamanho da floresta: mas já sente o prazer em escutar.
A partir daí, há uma troca importante: a interação ente adulto e bebê. É por meio da modulação de seu tom de voz, da interpretação que você está dando à história que seu bebê vai conhecer o mundo. Assim também nasce a aquisição da linguagem e a construção do pensamento. A experiência, então, fica na memória. “O bebê reúne a maneira de falar da mãe e essa informação sensorial vai criando o que chamamos de ‘marcas’ no cérebro dele”, diz a fonoaudióloga Erika Parlato-Oliveira, professora-adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretora científica do Instituto Langage, ONG sediada em São Paulo que trabalha questões relacionadas à linguagem. E como isso faz parte do desenvolvimento, deve acontecer da maneira mais natural possível. “Não precisa ficar mostrando as palavras isoladas para a criança. No mundo não é assim, a gente não aprende assim e nem seria interessante para ninguém”, afirma a psicóloga Ana Carolina Carvalho, que trabalha há 11 anos com formação de educadores em incentivo à leitura.
As ilustrações – e aprender a lê-las – são fundamentais nesse incentivo. E não estamos falando apenas dos livros-brinquedos (que têm mesmo mais a função de brincar com a criança), mas da sensibilização da criança a essa arte, inclusive. Chamam mais atenção as ilustrações grandes, muito coloridas ou edições com formatos diferentes, por exemplo. “Mas deve-se oferecer livros com ilustrações bem trabalhadas, que não sejam óbvias, vão além da história e, sobretudo, sem estereótipos”, afirma Ana Carolina. “Também na leitura das imagens não devemos nunca menosprezar a capacidade da criança.”
Há quem defenda a leitura em voz alta como prática desde a gestação. Na casa da jornalista e escritora Alessandra Roscoe, os resultados disso ela vê na relação com os três filhos – Beatriz, 12 anos, Felipe, 8, e Luisa, 5 – apaixonados por livros. “Fortaleceu o vínculo entre eles. A Bia e o Felipe tiravam par ou ímpar para ver quem iria contar a ‘história da barriga do dia’”, diz Alessandra, que promove oficinas de leituras para crianças, idosos e casais grávidos em Brasília, onde mora. “A partir da 23ª semana de gestação, o bebê ouve o que acontece fora do útero e consegue processar uma leitura feita pela mãe”, afirma Erika, que organiza em julho deste ano o II Seminário Internacional Transdisciplinar sobre o Bebê, em Paris.
O QUE LER, COMO LER

Poesias, histórias de repetição, tudo que envolva mais musicalidade ou puxe sua garra por contar uma história está valendo. “As diferentes formas de leitura, as pausas, o virar das páginas, a mudança de um parágrafo, ensinam o bebê a lidar com os momentos de silêncio mas que são em sua maioria cheios de sentidos. Bebês adoram brincar de esconder, é um meio de elaborar as ausências. Quando adquirem a destreza motora, adoram virar as páginas e descobrir o que virá e o que se foi”, diz Karina Bonalume, psicóloga com especialização em clínica interdisciplinar com bebês, pela PUC-SP. Portanto, não espere nem mais um minuto e divirta-se!
E NA PRÁTICA...
Na hora de apresentar um livro, escolha histórias curtas, mas que tenham um enredo que você também goste

Prepare o ambiente, coloque o bebê no colo e conte a história sem pressa

Bebês adoram histórias com repetição, grandes ilustrações, poemas e brincadeiras com palavras

Embora conheçam tudo com as mãos e a boca, não quer dizer que só precise ser de plástico para não estragar. Vá, aos poucos, ensinando que livro não se põe na boca, não se rabisca, nem rasga...


Fonte: Revista Crescer < http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI236743-10473,00-LER+PARA+O+BEBE+SIM.html >

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O que é ler?

Quando perguntaram para Ronaldo, um menino da 4ª série, "O que é ler?", ele respondeu:

"...viajar sem sair do lugar."

Já uma menina, chamada Natália, também da 4ª, respondeu:

"Ler é uma magia do planeta,
Ler é sempre estar bem com as palavras,
Ler é ser inteligente,
 É não ligar para o que as pessoas pensam,
Ler é viajar só com os olhos e a imaginação,
Ler é estar se preparando para um novo mundo."

E pra você, caro leitor, o que é ler?

Divulgando...

Olá leitor!

Esse espaço, é o lugar certo para fazermos a divulgação de tudo o que é ligado a leitura, não é verdade?

Portanto, hoje pude visitar esse site, que adorei, e resolvi compartilhar...

http://www.lereumaviagem.com.br/

APROVEITEM!!!

Contação de Histórias no Jandira

 Olá, leitor!

Como foi mencionado, mostraremos por meio desse blog, as nossas atividades, como agentes de leitura do bairro Jordanópolis.
É com grande contentamento que iniciamos nossa atividade de "Contação de Histórias" na escola Jandira Maria Casonato, através da confiança depositada pela diretora, a coordenação e os professores, em nos "abrir as portas" da escola, para um trabalho, até então, desconhecido. Nossos sinceros agradecimentos!

A atividade em si, teve início no dia 26.07.2011, e acontecerá todas as terças-feiras, para as turmas da manhã, e sextas-feiras, para turmas da tarde e o EJA. As turmas são de 1ª a 4ª série, onde os próprios professores, cientes do projeto, locomovem suas salas para a biblioteca, que tem um espaço muito apropriado e aconchegante para a atividade.

Espero que ainda tenhamos oportunidade de ter mais espaços como esse...


Confiram os relatórios da Contação e as demais atividades nos próximos posts!

Por que ler é importante?




Existem vários porquês da importância da leitura! Todo mundo sabe que ler é essencial, mas a maioria acha muito difícil! 

Com o intuito de despertar seu interesse pela leitura, vejamos alguns motivos pelos quais você deva começar ou continuar a ler: 

1. Entendimento: uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Afinal, o que é entender senão compreender, perceber. Como você saberá conversar sobre determinado tema se não tem percepção ou se não o compreende? 

2. Cultura: através da leitura temos possibilidade de ter contato com várias culturas diferentes. Sabemos como determinado povo se comporta, os motivos pelos quais agem de forma distinta da nossa. Além disso, compreendemos melhor o outro quando passamos a saber a história de vida que o cerca. Consequentemente, lidamos melhor com quem é diferente de nós e não temos uma opinião pobre e geral das circunstâncias. 

3. Reflexivos: lendo, nos tornamos reflexivos, ou seja, formamos uma ideia própria e madura dos fatos. Quando temos entendimento dos vários lados de uma mesma história, somos capazes de refletir e chegar a um consenso, que nos traz crescimento pessoal. 

4. Conhecimento: através da leitura falamos e escrevemos melhor, sabemos o que aconteceu na nossa história, o porquê de nosso clima e do idioma que falamos, dentre muitas outras possibilidades. 

5. Leitura dinâmica: quem lê muito, começa a refletir mais rápido. Logo, adquire mais agilidade na leitura. Passa os olhos e já entende sobre o que o texto está falando, a opinião do escritor e a conclusão alcançada. 

6. Vocabulário: esse item é fato, pois quem lê tem um repertório de vocábulos muito mais avançado do que aquele que não possui essa prática. 

7. Escrita: com conhecimento, reflexão e vocabulário é óbvio que o indivíduo conseguirá desenvolver seu texto com muito mais destreza e facilidade. Quem lê, se expressa bem por meio da escrita. 

8. Diversão: sim, a leitura promove diversão, pois quem lê é levado a lugares que não poderia ir “com as próprias pernas”. 

9. Informação: através da leitura ficamos informados sobre o que acontece no mundo e na nossa região. A leitura informativa mais usual é o jornal impresso.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O início de tudo.

Olá, caro leitor!

O projeto teve início em 2006 no Ceará, para promover a democratização da leitura, levando os livros até as famílias de baixa renda. O governo federal através do Ministério da Cultura gostou da iniciativa e junto com a PUC- Rio estão espalhando para todo o Brasil.

A idéia é que jovens de 18 a 29 anos, moradores dos bairros, atendam os seus vizinhos e também criem atividades culturais no mesmo. Nós agentes para desenvolver essa atividade passamos por um processo de seleção, onde além da entrega de currículo e uma prova, que selecionou cerca de 200 pessoas, recebemos um treinamento para conhecer o acervo e como trabalhar com esses no bairro.

São Bernardo é a primeira cidade a implantar esse projeto junto ao governo federal. Então somos os primeiros agentes da região, o que nos deixa muito orgulhosos, pois promover a entrada nesse mundo mágico da leitura é um prazer inenarrável... Para participar basta procurar um agente do seu bairro ou o posto de cadastramento no SEDESC

Então esse será nosso ponto de encontro para contar nossas aventuras pelo mundo da leitura e também contar nossas atividades.